quinta-feira, 11 de setembro de 2014

[Viagens]: Weimar e o Campo de Concentração de Buchenwald

Weimar foi a terceira cidade que visitei com a ISN. A cidade possui cerca de 63 mil habitantes e uma área de 84 Km².
Muitos lugares no centro estão na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO por ter relação com o Classicismo da cidade. Entre as pessoas famosas que viveram em Weimar, estão Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller, que fizeram parte do classicismo de Weimar, e Friedrich Nietzsche, onde viveu seus últimos anos de vida. Por muitos anos, a cidade foi considerada um centro cultural da Europa.


Nessa viagem, fomos com um ônibus fretado e levou cerca de 3 horas para chegar em Weimar.
Logo quando chegamos, tivemos um tour guiado pelas principais partes da cidade. Pudemos ver uma parte original do muro de Berlim, passamos pelo túmulo da esposa do Goethe, a igreja de São Pedro e Paulo ou Igreja de Herder (a principal igreja evangélica da cidade) com a estátua de Johann Gottfried Herder na parte da frente, o castelo de Weimar, a praça do mercado, casa de Bach, de Schiller e de Goethe, sendo esses dois últimos museus atualmente.

Igreja de Herder, Túmulo de Christiane con Goethe, parte do muro de Berlim e a praça do Mercado


Casa de Schiller, que hoje é um museu da vida do escritor

Teatro nacional alemão e o monumento Goethe-Schiller

Se divertindo no centro da cidade ^^

Na parte da tarde, nos dirigimos ao nosso próximo destino, o Memorial Bunchenwald, onde um dia foi um campo de concentração.
Esse memorial fica a 8 Km de Weimar e cerca de 240 mil pessoas foram presas no campo de concentração. Buchenwald era um campo voltado para produção de armamentos e não para extermínio, pois não havia câmaras de gás, como em Auschwitz na Polônia. No entanto, mais de 56 mil morreram por causa de experimentos médicos, tortura, cansaço e doenças. Os corpos eram incinerados nos fornos do crematório, construção que ainda existe no memorial. Dizem histórias que presos políticos, que não poderiam ser assassinados, eram levados para os porões do crematório e lá eram mortos. Para que ninguém soubesse disso, construíram um elevador para levar os corpos diretamente para os fornos, assim ninguém os via. 
Além do crematório, poucas construções foram mantidas, sendo elas o portão principal, o hospital, o depósito e duas torres de guarda, além de algumas ruínas, como do pequeno zoológico que existia para entreter os soldados.




No portão da entrada principal, está escrito a frase "Jedem das seine", que literalmente significa "cada um na sua", mas que tem como significado "Cada um tem o que merece".
O relógio que tem no portão marca o horário de 15:15, que é o exato horário em que as tropas americanas chegaram ao local, libertando os sobreviventes.


Saber da história, ver documentários e reportagens é totalmente diferente de ver com seus próprios olhos o ambiente e imaginar tudo que ocorreu nesses lugares. Por mais pesado que seja o ambiente, é uma ótima experiência para conhecer um pouco mais da história da Segunda Guerra. E é claro, voltar com a ideia de nunca deixar isso acontecer novamente.

Por mais que estivesse super cansado nesse dia, gostei da viagem, principalmente da visita ao memorial. Se vierem para Alemanha, não deixem de visitar pelo menos um dos antigos campos de concentração para conhecer um pouco mais da história e sentir o ambiente.

Para quem quiser saber um pouco mais sobre o memorial, deixo aqui o site do lugar. 
http://www.buchenwald.de/nc/en/896/ (inglês, alemão ou francês)

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